História

O Projeto Politizar surgiu, em 2013, graças a uma iniciativa voluntária de três estudantes de graduação do curso de Ciências Sociais da UFG, Adriane Vinhal, Crislâini Nunes e Maria Clara de Oliveira. A ideia surgiu após experiências bem sucedidas em projetos semelhantes de outros estados, como o Politeia UnB, Parlamento Jovem Mineiro, PUC Minas e o Parlamento Jovem Tocantinense. Foi coordenado então pelo Prof Robinson de Sá Almeida (FCS/UFG).

O programa de extensão Politizar conta com 8 projetos: (1)Politizar UFG ALEGO; (2) Polizar Gyn; (3) Podcast Politizar; (4) Série Politizar Comunidades Tradicionais; (6) Politizar Games; (5) Politizar HQ; (6) Politizar-San Rural; (7) Advocacy Mulheres; (8) Politizar Senado - Oficina Legislativa.

Inicialmente o projeto era voltado para apenas para a simulação do ambiente legislativo da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (ALEGO), sendo aberto a membros da comunidade do estado de Goiás com ensino médio completo. Ao ser selecionado (a), mediante inscrição gratuita, os(as) simulandos(as) recebiam uma capacitação por meio de um treinamento de três dias sobre questões relacionadas à atividade parlamentar: proposição de leis, regimento interno, funcionamento de comissões, papel do poder legislativo no sistema político, etc. 

Depois do treinamento, os participantes são estimulados a elaborar projetos de lei, que são debatidos e votados na etapa seguinte, de simulação do processo decisório em sessões legislativas. Nesta etapa, os(as) simulandos(as) atuam dentro da Assembleia Legislativa do Estado de Goiás (ALEGO), realizando as mesmas funções que os deputados reais. A simulação, no período anterior a pandemia, ocorria nas dependências da Assembleia Legislativa de Goiás e contava com todo o apoio financeiro e técnica da referida instituição, numa parceria que é estabelecida por convênio entre a UFG e a Assembleia. 

De 2017 a julho de 2018, o projeto foi coordenado pelo professor Robert Bonifácio e teve a professora Laís Thomaz como vice-coordenadora a partir de março de 2018. Contou com 120 participantes (entre simulandos(as) e equipe de coordenação) e aprovou 20 projetos de lei fictícios. Na 3a Edição do Projeto Politizar UFG/ALEGO (2018), o simulando Caio Teodoro apresentou um projeto de lei que tratava da obrigatoriedade de se oferecer merenda escolar diferenciada para alunos com restrição alimentar. O PL foi aprovado entre os simulandos, após passar pela Comissão de Constituição, Justiça e Redação (CCJR) e pelo plenário. O referido PL 20.533 transformou-se em lei ainda no primeiro semestre de 2019. Apresentado pelo Deputado Estadual Karlos Cabral (PDT-GO) o processo foi plenamente aceito pelos membros dos gabinetes e por outros deputados. O fruto daquele que era apenas um PL apresentado na simulação do Politizar UFG ALEGO tornara-se matéria de lei para o Estado de Goiás.  Cabe destacar, ainda, outras iniciativas que foram apadrinhadas pelo deputado Karlos Cabral, como por exemplo: 1) o ponto eletrônico para médicos, de autoria do simulando Matheus Parreira; 2) A criação do dia do incentivo à cultura Hip Hop em Goiás, de autoria dos deputados simulandos Mano CDJ e Ulisses Nascimento; 3) e ensino de tablets para alunos com baixa visão, de autoria das deputadas Cíntia Soares e Marina Lacerda. 

Em agosto de 2018, a professora Laís Thomaz assumiu a coordenação e o professor Lucas Okado assumiu a vice-coordenação. Nessa nova gestão foi firmado o convênio com a Câmara Municipal de Goiânia (CMG) para criação do Politizar Gyn com o apoio da Faculdade de Letras (FL) na seleção de alunos do ensino médio. Dessa forma, a relação com a educação básica tem crescido e adquirido densidade institucional no âmbito do PPGCP/UFG. Foram feitas visitas educativas e de divulgação em 12 escolas selecionadas de todas as regiões da cidade de Goiânia, totalizando um impacto a 7500 alunos. Ao todo, cerca de 500 estudantes se inscreveram para participar da simulação em 2019 e 2020, dos quais 35 foram selecionados antes da pandemia. Além da coordenação, participaram como palestrantes o docente João Botelho e a então discente do PPGCP Eveline Marchese Alves Martins. Vale destacar que a parceria com a FL e a Faculdade de Educação têm sido parceiras nesse projeto e possibilitaram inclusive que uma aluna não ouvinte pudesse participar como vereadora simulanda, aumentando além do contato com a educação básica, formas de inclusão a pessoas com deficiência. 

As iniciativas Politizar HQ (História em quadrinhos) e Games foram criadas, focadas no público-alvo mais jovem, em parceria com a Faculdade de Artes Visuais (FAV) e busca criar ferramentas para estimular a educação cívica entre os estudantes do ensino médio. Além disso, com apoio do Instituto de Informática (INF), o Politizar pretende lançar um aplicativo que auxilie na elaboração dos projetos de lei.

Além disso, outra inovação foi a criação do Podcast Politizar em 2019, coordenado também inicialmente pela professora Laís Thomaz em suas duas primeiras temporadas, vinculado à Rádio Universitária da UFG e disponível nas plataformas Spotify e Deezer. Este podcast visa a população ainda maior de conceitos e práticas do processo político, sendo que há outras rádios no interior de Goiás que também o reproduzem. Em 2021, o Podcast passou para a coordenação do professor João Botelho. Por envolver, tanto a Faculdade de Letras quanto a Rádio, que é de responsabilidade da Faculdade de Informação e Comunicação (FIC), o projeto se tornou um programa de extensão. O programa conta com 8 estagiários remunerados, 4 pela ALEGO e 4 pela CMG. Também possui três bolsas de extensão com o Projeto SanRural e 20 monitores voluntários.

Na 4a edição do projeto na ALEGO, o número de inscritos saltou para 508 e em 2020 foram 760 no Politizar UFG Alego e cerca de 250 se inscreveram para participar do Politizar Goiânia realizado tanto em 2019 quanto em 2020 antes da pandemia. Nesta gestão, o politizar adotou uma política afirmativa garantindo equidade de gênero e de etnias, bem como vagas para pessoas com deficiências e refugiados, tornando-se assim um projeto de empoderamento, garantindo a diversidade na representatividade. 

A presença nas redes sociais, que já era bastante significativa, aumentou ainda mais na pandemia, nas quais são realizadas lives com deputados e vereadores, bem como gestores do Executivo estadual e municipal. Em 2020, foi realizado o Simpósio Politizar, totalmente online, que contou com mais de 5 mil visualizações em suas 9 mesas compostas por autoridades governamentais, professores da UFG bem como especialistas do Facebook, WWF, Instituto Alziras, Youth Climate Leaders e Human Rights Watch, por exemplo.

Também em 2020, a Coordenadora do Programa Laís Thomaz recebeu um prêmio pelo Plano de Advocacy de Assistência à Saúde das Comunidades Tradicionais de Goiás, em um curso promovido pela ACT promoção da Saúde e GT da Sociedade Civil para Agenda 2030, financiado pela União Europeia. Também esse Plano de Advocacy foi premiado pelo Laboratório de Inovação Cidadã promovido pela UERJ e financiado pela FAPERJ e CNPQ. A equipe do Politizar que liderava a iniciativa da Série Comunidades Tradicionais se envolveu nas atividades desse plano e juntamente com as comunidades, ajudaram na formulação do projeto de lei que foi apresentado pelo Presidente da ALEGO Lissauer Vieira e se tornou a lei n. 20880/2020 do estado de Goiás. Por esse feito, Laís foi convidada a palestrar em eventos do GT da sociedade civil da Agenda 2030 e também na ESPM-SP, além de várias matérias produzidas pela TV ALEGO. As ações do Politizar para com as comunidades tende a aumentar ainda mais com a iniciativa do Lobby Social para auxiliar em políticas públicas relacionadas a conectividade e também com a parceria do Projeto SanRural para levar o Plano de Segurança Sanitária de Saneamento Rural a 115 comunidades quilombolas, ribeirinhas e presentes em assentamentos, localizadas em 45 municípios goianos.

O programa de extensão tem um site pela UFG (http://politizar.ufg.br), mas também ganhou um site próprio vinculado à ALEGO (<https://politizar.al.go.leg.br>) e outro ligado ao seu novo formato a alunos do Ensino médio vinculados à Câmara Municipal (<https://projetopolitizargyn.com>).

Em 2022, o convênio com a ALEGO foi encerrado, mas as atividades com a Câmara Municipal, sob a coordenação do Prof. Frederico, e a parceria com o Senado Federal, sob a coordenação do Prof. Diego Magalhães, foram mantidas e cada vez mais destaque no cenário Nacional. Também em 2022 foi criado o Politizar Vila Boa, sob a coordenação da Profa. Janaína na cidade de Goiás.

Coordenação Geral do Projeto / Programa pela UFG

Prof Robinson de Sá Almeida (FCS/UFG) - 2013

Prof. Robert Bonifácio (FCS/UFG) - 2017-2018

Prof.a Laís Thomaz (FCS/UFG) - 2018 - 2024

Prof. Diego Magalhães (FCS/UFG) - 2024- Atual